IMPERIALISMO, AMBIENTALISMO E ONGs NA AMAZÔNIA
Nazira Camely (Autora)
SINOPSE: Dois modelos de instituição põem-se hoje entre o Estado (a sociedade política) e a sociedade (a sociedade civil), as Agências Reguladoras e as ONGs. São pontes de ligação as Agências Reguladoras, no sentido do Estado para a sociedade civil e as ONGs, no sentido da sociedade civil para o Estado. No fundo, lugares de lobby e colchões amortecedores dos conflitos entre sociedade e Estado nas lutas contemporâneas do presente. É sintomático que assim se chamem. As Agências Reguladoras com a função cada vez mais explícita de organizar o interesse das empresas dentro do Estado. As ONGs com a função mista – há ONGs e ONGs, diga-se – de reproduzir, dos movimentos sociais às empresas, pessoas e organismos postados na franja do contato sociedade-Estado, às vezes com os mesmos propósitos lobistas das empresas. As ONGs na Amazônia na área da mobilização e presença ambiental são o tema desse ousado Imperialismo, ambientalismo e ONGs na Amazônia, de Nazira Camely, livro de quem conhece, por militância e vivência, o tema sobre que escreve. Desde longa data a Amazônia é objeto de cobiça externa – hoje interna, da expansão do agronegócio – denunciado hoje e sempre por geógrafos da estatura de Orlando Valverde. É nessa tradição que se coloca o livro de Nazira Camely. A dissecação da presença imperialista, agora travestida na roupagem do onguismo, como a autora refere-se a esse biombo, essa cortina de fumaça com que os grupos Internacionais e seus sócios e consórcios nacionais hoje aparecem, apresentados como preservadores do ambiente e da riqueza infinda e sem par que a natureza e a cultura amazônicas reúnem em seu seio, numa multiplicidade e síntese que não vemos em qualquer outro lugar. Um típico e mal disfarçado cavalo de Troia. Do Prefácio do Prof. Ruy Moreira.
SOBRE O AUTORA: Nazira Camely, nasceu em Cruzeiro do Sul – Acre, em 27/04/68, e por erro do cartório – que demorava muito a passar nos seringais – foi registrada como tendo nascida um anos depois. Viveu até os 15 anos em Cruzeiro e daí foi morar na cidade do Rio de Janeiro para cursar o segundo grau. Nesta cidade fez graduação na UCAM e mestrado em economia na UFF. Por conta do forte desemprego e da falta de concursos públicos para as universidades, regressou ao Acre em 1998. A partir de 1999 começou a fazer pesquisas na Amazônia. Neste período pesquisou sobre as condições de trabalho e de vida das mulheres que trabalhavam na Fábrica de Processamento de Castanha Chico Mendes, na cidade de Xapuri. Trabalhou como professora em faculdades privadas e de 2002 a 2005 foi professora da Universidade Federal do Acre. Em 2005 retornou ao Rio de Janeiro onde cursou o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF e em 2009 concluiu a tese "A geopolítica do ambientalismo das grandes ONGs e o agravamento do problema agrário na Amazônia", sob a orientação do professor Ruy Moreira.
Desde 2011 é professora na Faculdade de Economia da UFF. É pesquisadora do NEB (Núcleo de Estudos sobre Economia e Sociedade Brasileira da UFF). Coordena o Laboratório de Geopolítica e Estudos Agrários e Ambientais sobre a Amazônia onde realiza pesquisas sobre a geopolítica de grandes ONGs ambientais e sobre o problema agrário em unidades de conservação ambiental. Ministrou cursos e orientou projetos de pesquisa no nordeste brasileiro. Seus estudos e pesquisas têm como referência o marxismo. É filiada e militante do Sindicato Nacional dos Professores de Educação Superior (ANDES) e apoiadora da luta democrática dos camponeses na Amazônia. o Laboratório
FICHA TÉCNICA:
EDITORA CONSEQUÊNCIA
ASSUNTO: CIÊNCIAS SOCIAIS, ECONOMIA
IDIOMA: Português
FORMATO: Brochura
TAMANHO: 23,0 x 16,0cm
EDIÇÃO: 1ª – 2018
PÁGs. 352
ISBN: 9788569437512